O PRAZO PARA A ENTREGA DAS REDAÇÕES DO CONCURSO ZH / UNIFICADO SE ENCERRARÁ NO DIA 30/JUNHO, QUARTA-FEIRA.
A SELEÇÃO:
OCORRERÁ EM DUAS ETAPAS;nA PRIMEIRA, SERÃO SELECIONADOS 300 TEXTOS.NA SEGUNDA FASE, OS AUTORES SERÃO CONVOCADOS PARA REDIGIR OUTRA DISSERTAÇÃO, SOBRE UM TEMA INÉDITO.ESTA ETAPA OCORRERÁ NO SÁBADO, 14 DE AGOSTO, DAS 14H ÀS 17H, NO UNIFICADO, DA ALBERTO BINS, 467, EM PORTO ALEGRE.
A PREMIAÇÃO:
OS CINCO MELHORES TEXTOS SERÃO PUBLICADOS NA EDIÇÃO DO CADERNO VESTIBULAR DE ZERO HORA DO DIA 18 DE AGOSTO, E SEUS AUTORES RECEBERÃO UMA BOLSA INTEGRAL DO CURSO PRÉ-VESTIBULAR UNIFICADO.
A INSCRIÇÃO:
O CANDIDATO PODERÁ RETIRAR A FOLHA PADRONIZADA PARA A REDAÇÃO IMPRIMINDO-A NO SITE WWW.UNIFICADO.COM.BR/REDACAO, ESCREVER À MÃO ENTRE 30 A 50 LINHAS SOBRE O TEMA E POSTAR O TRABALHO PELO CORREIO ATÉ O DIA 30 DE JUNHO.CANDIDATOS DO INTERIOR PODERÃO ENVIAR PELO CORREIO PARA O CADERNO VESTIBULAR ZERO HORA, NA AV. IPIRANGA,1.075.CEP90.169-900, PORTO ALEGRE
Espaço Redação
REFLEXÃO
"MINHA LIBERDADE É ESCREVER....
A PALAVRA É MEU DOMÍNIO SOBRE O MUNDO."
CLARICE LISPECTOR
A PALAVRA É MEU DOMÍNIO SOBRE O MUNDO."
CLARICE LISPECTOR
SEMEADURA

Um lugar para viver, sonhar e...recriar
quinta-feira, 24 de junho de 2010
sábado, 29 de maio de 2010
CONCURSO ZH - UNIFICADO
ATENÇÃO TURMAS 3º A, B e C redação para semana de 31/maio a 02/junho - 2º trimestre
Tema de Redação
PROPOSTA DE REDAÇÃO DA 1ª FASE DO
CONCURSO DE REDAÇÃO ZH - UNIFICADO/2010
O crack ganhou a mídia. Mas, antes da mídia, o crack ganhou as ruas, os jovens de lares desestruturados, os de classe média, ganhou até pais e mães de família. Hoje, o crack virou epidemia e está sendo tratado como tal, embora ainda faltem dados nacionais sobre o número de vítimas e o perfil dos usuários da droga no Brasil.
Há, contudo, uma estimativa de que o número de usuários de crack hoje no Brasil esteja em torno de 1,2 milhão e a idade média para o início da droga seja 13 anos. Esses dados têm base em censo do IBGE e foram apresentados no último dia 05, no lançamento da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, na Câmara dos Deputados.
O crack é uma droga derivada da planta de coca e surgiu no início da década de oitenta. De forma sólida, permite que seja fumado. Atualmente, seu consumo é maior que o da cocaína, pois é uma droga barata, de fácil acesso e de efeito imediato. Não obstante, o baixo custo da pedra – em torno de R$ 5,00 – revela-se ilusório: o dependente precisa fumar 20, 30 vezes por dia.
Pela forma de uso, o crack é mais potente do que qualquer outra droga e provoca dependência desde a primeira pedra. Ele chega ao cérebro em até 12 segundos, causando intensa euforia e autoconfiança, sensação que persiste por 5 a 10 minutos. Como comparação, a cocaína, quando cheirada, leva de 10 a 15 minutos para começar a fazer efeito.
Por isso, a vontade de usar novamente o crack é irresistível. O usuário mostra-se agressivo, podendo mentir, roubar, prostituir-se, até matar. O dependente quase não dorme, sendo comum a sua desnutrição. Esse quadro deixa-o vulnerável a adquirir doenças como pneumonia, tuberculose e a sofrer um infarto. Também podem ocorrer desde deficiências de memória e de concentração até psicoses e alucinações.
Com o enfraquecimento do organismo, a morte de quem consome crack é uma provável consequência. Entretanto, no Brasil a causa mais comum de óbito é a exposição à violência, uma vez que o usuário costuma apresentar comportamento de risco.
Diante dessa alarmante realidade, o Grupo RBS lançou, em maio de 2009, a campanha Crack, nem pensar, dirigida ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina. No ano passado, o projeto mostrou o efeito devastador do crack e os malefícios físicos e psicológicos causados a quem usa. Neste ano, a campanha segue com o objetivo de evitar que mais pessoas experimentem a droga e aumentem, assim, a lista do número de usuários.
Com bastante realismo, a campanha Crack, nem pensar mostra depoimentos reais, como o da mãe que matou o filho viciado em crack ou da que se sentiu aliviada ao perder o filho para a droga; o de uma menina de 15 anos que se prostitui para conseguir a pedra; ou o de um jovem de classe média que perdeu tudo, de bens materiais a familiares e amigos, em decorrência do vício.
O crack, ao ganhar a mídia, ganhou também a atenção das famílias, das escolas, dos hospitais, da política nacional (em 20 de maio último, o presidente Lula assinou decreto do Plano Nacional de Combate ao Crack). Afinal, mesmo sabendo que é difícil e havendo poucos exemplos que sirvam de comprovação, visto que 90 % recaem no uso do crack, a droga pode e precisa ser vencida.
Informações retiradas do site www.cracknempensar.com.br
Considerando essas informações e as de que você já tem conhecimento sobre o crack,
- identifique a pior consequência que o uso do crack pode desencadear
ao próprio usuário;
às pessoas próximas do usuário (como familiares, amigos);
à sociedade em geral;
- escolha uma (ou mais) das três opções acima para definir seu ponto de vista;
- redija um texto de caráter dissertativo, justificando sua escolha com ideias que sustentem a argumentação pretendida em defesa de seu ponto de vista.
Sua redação deve ter extensão mínima de 30 linhas, excluindo-se o título, e máxima de 50 linhas, considerando-se letra de tamanho regular. Utilize caneta preta ou azul para passá-la a limpo.
Copyright © unificado. Todos os direitos reservados.
Tema de Redação
PROPOSTA DE REDAÇÃO DA 1ª FASE DO
CONCURSO DE REDAÇÃO ZH - UNIFICADO/2010
O crack ganhou a mídia. Mas, antes da mídia, o crack ganhou as ruas, os jovens de lares desestruturados, os de classe média, ganhou até pais e mães de família. Hoje, o crack virou epidemia e está sendo tratado como tal, embora ainda faltem dados nacionais sobre o número de vítimas e o perfil dos usuários da droga no Brasil.
Há, contudo, uma estimativa de que o número de usuários de crack hoje no Brasil esteja em torno de 1,2 milhão e a idade média para o início da droga seja 13 anos. Esses dados têm base em censo do IBGE e foram apresentados no último dia 05, no lançamento da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, na Câmara dos Deputados.
O crack é uma droga derivada da planta de coca e surgiu no início da década de oitenta. De forma sólida, permite que seja fumado. Atualmente, seu consumo é maior que o da cocaína, pois é uma droga barata, de fácil acesso e de efeito imediato. Não obstante, o baixo custo da pedra – em torno de R$ 5,00 – revela-se ilusório: o dependente precisa fumar 20, 30 vezes por dia.
Pela forma de uso, o crack é mais potente do que qualquer outra droga e provoca dependência desde a primeira pedra. Ele chega ao cérebro em até 12 segundos, causando intensa euforia e autoconfiança, sensação que persiste por 5 a 10 minutos. Como comparação, a cocaína, quando cheirada, leva de 10 a 15 minutos para começar a fazer efeito.
Por isso, a vontade de usar novamente o crack é irresistível. O usuário mostra-se agressivo, podendo mentir, roubar, prostituir-se, até matar. O dependente quase não dorme, sendo comum a sua desnutrição. Esse quadro deixa-o vulnerável a adquirir doenças como pneumonia, tuberculose e a sofrer um infarto. Também podem ocorrer desde deficiências de memória e de concentração até psicoses e alucinações.
Com o enfraquecimento do organismo, a morte de quem consome crack é uma provável consequência. Entretanto, no Brasil a causa mais comum de óbito é a exposição à violência, uma vez que o usuário costuma apresentar comportamento de risco.
Diante dessa alarmante realidade, o Grupo RBS lançou, em maio de 2009, a campanha Crack, nem pensar, dirigida ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina. No ano passado, o projeto mostrou o efeito devastador do crack e os malefícios físicos e psicológicos causados a quem usa. Neste ano, a campanha segue com o objetivo de evitar que mais pessoas experimentem a droga e aumentem, assim, a lista do número de usuários.
Com bastante realismo, a campanha Crack, nem pensar mostra depoimentos reais, como o da mãe que matou o filho viciado em crack ou da que se sentiu aliviada ao perder o filho para a droga; o de uma menina de 15 anos que se prostitui para conseguir a pedra; ou o de um jovem de classe média que perdeu tudo, de bens materiais a familiares e amigos, em decorrência do vício.
O crack, ao ganhar a mídia, ganhou também a atenção das famílias, das escolas, dos hospitais, da política nacional (em 20 de maio último, o presidente Lula assinou decreto do Plano Nacional de Combate ao Crack). Afinal, mesmo sabendo que é difícil e havendo poucos exemplos que sirvam de comprovação, visto que 90 % recaem no uso do crack, a droga pode e precisa ser vencida.
Informações retiradas do site www.cracknempensar.com.br
Considerando essas informações e as de que você já tem conhecimento sobre o crack,
- identifique a pior consequência que o uso do crack pode desencadear
ao próprio usuário;
às pessoas próximas do usuário (como familiares, amigos);
à sociedade em geral;
- escolha uma (ou mais) das três opções acima para definir seu ponto de vista;
- redija um texto de caráter dissertativo, justificando sua escolha com ideias que sustentem a argumentação pretendida em defesa de seu ponto de vista.
Sua redação deve ter extensão mínima de 30 linhas, excluindo-se o título, e máxima de 50 linhas, considerando-se letra de tamanho regular. Utilize caneta preta ou azul para passá-la a limpo.
Copyright © unificado. Todos os direitos reservados.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Descrição de um objeto
Deve-se levar em conta:
1. A escolha do ângulo de percepção:
a) a perspectiva espacial
b) a relação observador X objeto.
2. Análise do objeto: forma, cor, dimensões, peso, textura, material, utilidade. etc.
3. A seleção de aspectos: a critério do observador.
Exemplo:
"Um cilindro de madeira, de cor preta, medindo aproximadamente 17,5cm. de comprimento por 0,7cm. de diâmetro, envolve um cilindro menor, de grafite, de mesmo comprimento, porém de 0,15cm. de diâmetro
De uma das extremidades, foi retirada madeira, formando-se um cone, cujo ápice é uma fina ponta de grafite".
Descrição de uma paisagem
Deve-se levar em conta:
1. Ângulo de percepção.
2. Análise: rural ou urbana, habitações, personagens, solo, vegetação, clima, localização geográfica.
3. Escolha de aspectos: a critério do observador.
Exemplo:
"Abriu as venezianas e ficou a olhar para fora. Na frente alargava-se a praça, com o edifício vermelho da Prefeitura, ao centro. Do lado direito ficava o quiosque, quase oculto nas sombras do denso arvoredo; ao redor do chafariz, onde a samaritana deitava um filete d'água no tanque circular, arregimentavam-se geometricamente os canteiros de rosas vermelhas e brancas, de cravos, de azáleas, de girassóis e violetas". ("Um Rio Imita O Reno", - Vianna Moog).
Descrição de uma pessoa
Deve-se levar em conta:
1. Ângulo de percepção.
2. Análise:
a) aspectos físicos: sexo, idade, peso, cor de pele, cabelos, olhos, estatura, etc.
b) aspectos psicológicos: às vezes, a descrição de um aspecto físico do indivíduo poderá revelar um traço psicológico;
c) resultado.
Exemplo:
"O gaúcho do sul, ao encontrá-los nesse instante sobreolhá-la-ia comiserado.
O vaqueiro do norte é a sua antítese. Na postura, no gesto na palavra, na índole e nos hábitos, não há que equipará-los. O primeiro, filho dos plainos sem fins, afeito às correrias fáceis nos pampas e adaptado a uma natureza carinhosa que o encanta, tem, certo, feição mais cavalheirosa e atraente. A luta pela vida não lhe assume o caráter selvagem da dos sertões do norte. Não conhece os horrores da seca e os combates cruentos a terra árida e exsicada e passa pela vida, aventureiro, jovial, disserto, valente e fanfarrão, despreocupado, tendo o trabalho com um diversão que lhe permite as disparadas, domando distâncias, nas pastagens planas, tendo os ombros, palpitando aos ventos, o pala inseparável como uma flâmulos festivamente desdobrada. ("Os Sertões", Euclides da. Cunha)
1. A escolha do ângulo de percepção:
a) a perspectiva espacial
b) a relação observador X objeto.
2. Análise do objeto: forma, cor, dimensões, peso, textura, material, utilidade. etc.
3. A seleção de aspectos: a critério do observador.
Exemplo:
"Um cilindro de madeira, de cor preta, medindo aproximadamente 17,5cm. de comprimento por 0,7cm. de diâmetro, envolve um cilindro menor, de grafite, de mesmo comprimento, porém de 0,15cm. de diâmetro
De uma das extremidades, foi retirada madeira, formando-se um cone, cujo ápice é uma fina ponta de grafite".
Descrição de uma paisagem
Deve-se levar em conta:
1. Ângulo de percepção.
2. Análise: rural ou urbana, habitações, personagens, solo, vegetação, clima, localização geográfica.
3. Escolha de aspectos: a critério do observador.
Exemplo:
"Abriu as venezianas e ficou a olhar para fora. Na frente alargava-se a praça, com o edifício vermelho da Prefeitura, ao centro. Do lado direito ficava o quiosque, quase oculto nas sombras do denso arvoredo; ao redor do chafariz, onde a samaritana deitava um filete d'água no tanque circular, arregimentavam-se geometricamente os canteiros de rosas vermelhas e brancas, de cravos, de azáleas, de girassóis e violetas". ("Um Rio Imita O Reno", - Vianna Moog).
Descrição de uma pessoa
Deve-se levar em conta:
1. Ângulo de percepção.
2. Análise:
a) aspectos físicos: sexo, idade, peso, cor de pele, cabelos, olhos, estatura, etc.
b) aspectos psicológicos: às vezes, a descrição de um aspecto físico do indivíduo poderá revelar um traço psicológico;
c) resultado.
Exemplo:
"O gaúcho do sul, ao encontrá-los nesse instante sobreolhá-la-ia comiserado.
O vaqueiro do norte é a sua antítese. Na postura, no gesto na palavra, na índole e nos hábitos, não há que equipará-los. O primeiro, filho dos plainos sem fins, afeito às correrias fáceis nos pampas e adaptado a uma natureza carinhosa que o encanta, tem, certo, feição mais cavalheirosa e atraente. A luta pela vida não lhe assume o caráter selvagem da dos sertões do norte. Não conhece os horrores da seca e os combates cruentos a terra árida e exsicada e passa pela vida, aventureiro, jovial, disserto, valente e fanfarrão, despreocupado, tendo o trabalho com um diversão que lhe permite as disparadas, domando distâncias, nas pastagens planas, tendo os ombros, palpitando aos ventos, o pala inseparável como uma flâmulos festivamente desdobrada. ("Os Sertões", Euclides da. Cunha)
DESCRIÇÃO
Descrever é:
I. fazer viver os pormenores, situações ou pessoas;
II. evocar o que se vê, sente;
III. criar o que não se vê, mas se percebe ou imagina
IV. não copiar friamente, mas deixar rica, uma imagem
V. não enumerar muitos pormenores, mas transmitir sensações fortes.
Na descrição o ser e o ambiente são importantes. Assim, o substantivo e o adjetivo devem ser explorados para traduzirem com ênfase uma impressão.
Como descrever?
a) Usar impressões cromáticas (cores) e sensações térmicas.
EX: O dia transcorria amarelo, frio, ausente do calor alegre do sol.
b) Usar o vigor e relevo de palavras fortes, próprias, exatas, concretas.
EX: As criaturas humanas transpareciam um céu sereno, uma pureza de cristal.
c) As sensações de movimento e cor embelezam o poder da natureza e a figura do homem.
EX: Era um verde transparente que deslumbrava e enlouquecia qualquer um.
d) A frase curta e penetrante dá um sentido de rapidez do texto.
EX: Vida simples. Roupa simples. Tudo simples. O pessoal, muito crente.
A descrição de um objeto será única e nunca será totalmente verdadeira. Motivos:
1º o ângulo de percepção do objeto varia de observador para observador;
2º a análise do objeto levará à seleção de aspectos mais importantes, a critério do observador;
3º o resultado do trabalho corresponderá a uma solução possível.
A descrição pode ser apresentada sob duas formas:
Descrição objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, a passagem são apresentadas como realmente são, concretamente.
EX: "Sua altura é 1,85m. Seu peso, 70kg. Aparência atlética, ombros largos, pele bronzeada. Moreno, olhos negros, cabelos negros e lisos".
Descrição subjetiva: quando há maior participação da emoção, ou seja, quando o objeto, o ser, a cena, a paisagem são transfigurados pela emoção de quem escreve.
EX: "Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar pulso ao homem. Não só as condecorações gritavam-lhe no peito como uma couraça de grilos. Ateneu! Ateneu! Aristarco todo era um anúncio; os gestos, calmos, soberanos, calmos, eram de um rei..." ("O Ateneu", Raul Pompéia).
I. fazer viver os pormenores, situações ou pessoas;
II. evocar o que se vê, sente;
III. criar o que não se vê, mas se percebe ou imagina
IV. não copiar friamente, mas deixar rica, uma imagem
V. não enumerar muitos pormenores, mas transmitir sensações fortes.
Na descrição o ser e o ambiente são importantes. Assim, o substantivo e o adjetivo devem ser explorados para traduzirem com ênfase uma impressão.
Como descrever?
a) Usar impressões cromáticas (cores) e sensações térmicas.
EX: O dia transcorria amarelo, frio, ausente do calor alegre do sol.
b) Usar o vigor e relevo de palavras fortes, próprias, exatas, concretas.
EX: As criaturas humanas transpareciam um céu sereno, uma pureza de cristal.
c) As sensações de movimento e cor embelezam o poder da natureza e a figura do homem.
EX: Era um verde transparente que deslumbrava e enlouquecia qualquer um.
d) A frase curta e penetrante dá um sentido de rapidez do texto.
EX: Vida simples. Roupa simples. Tudo simples. O pessoal, muito crente.
A descrição de um objeto será única e nunca será totalmente verdadeira. Motivos:
1º o ângulo de percepção do objeto varia de observador para observador;
2º a análise do objeto levará à seleção de aspectos mais importantes, a critério do observador;
3º o resultado do trabalho corresponderá a uma solução possível.
A descrição pode ser apresentada sob duas formas:
Descrição objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, a passagem são apresentadas como realmente são, concretamente.
EX: "Sua altura é 1,85m. Seu peso, 70kg. Aparência atlética, ombros largos, pele bronzeada. Moreno, olhos negros, cabelos negros e lisos".
Descrição subjetiva: quando há maior participação da emoção, ou seja, quando o objeto, o ser, a cena, a paisagem são transfigurados pela emoção de quem escreve.
EX: "Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar pulso ao homem. Não só as condecorações gritavam-lhe no peito como uma couraça de grilos. Ateneu! Ateneu! Aristarco todo era um anúncio; os gestos, calmos, soberanos, calmos, eram de um rei..." ("O Ateneu", Raul Pompéia).
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Abaixo, a redação nota dez:
Um mundo de cegos
Já afirmava Claude Levi-Strauss que “o mundo começou sem o homem e poderá acabar sem ele”. Nessa perspectiva, a sociedade atual demonstra um paradoxo, visto que, apesar da tecnologia corroborar a capacidade técnica e intelectual do homem, continuamos cometendo infrações e incivilidades diariamente.
Lamentavelmente, muitas pessoas praticam incivilidades no cotidiano, as quais atestam o caráter egocêntrico do homem: ocupar assentos especiais em transportes coletivos, poluir o meio ambiente e não coletar as fezes de nosso animal de estimação são algumas das atitudes inconsequentes que manifestamos no dia a dia, as quais contribuem para uma realidade hostil e desagradável. Nesse sentido, a construção de uma sociedade sadia consiste em ter discernimento de que o espaço de nosso próximo começa onde termina o nosso espaço. Assim, quando prejudicamos o nosso entorno, estamos impedindo que a cooperação minimize as mazelas latentes da sociedade moderna.
As infrações que cometemos também prejudicam muito a construção de uma sociedade sadia: a sonegação de impostos é uma atitude tão condenável quanto o ato do político se valer das finanças públicas; a compra de produtos piratas engendra um tráfico que se conecta a tantos outros, como o tráfico de drogas e de armas, os quais aliciam desassistidos e vitimam inocentes; a ultrapassagem do sinal vermelho é uma infração grave, uma vez que recrudesce o trânsito violento que verificamos atualmente. Além disso, é imprescindível que mudemos o nosso “mundo particular”, porque tal mudança se reflete no “mundo coletivo”, do qual todos nós fazemos parte. Caso contrário, só confirmaremos o que Manuel Bandeira escreveu “a existência humana é uma aventura, de tal modo inconsequente”.
O escritor português José Saramago, em seu livro “Ensaio sobre a Cegueira”, descreve uma sociedade que, paulatinamente, se torna cega. Metáforas à parte, é exatamente isso o que acontece com nossa sociedade, já que ignoramos que, não só infrações, mas também incivilidades prejudicam a construção de uma sociedade sadia, pois abdicamos de atitudes abnegadas para sermos completamente egoístas, cegos. Portanto, o mundo só atenuará suas mazelas quando percebermos que tudo depende de esforços coletivos, ou, como Saramago registrou, “se podes olhar, vê; se podes ver, repara”.
(Fonte: caderno Vestibular de Zero Hora)
Já afirmava Claude Levi-Strauss que “o mundo começou sem o homem e poderá acabar sem ele”. Nessa perspectiva, a sociedade atual demonstra um paradoxo, visto que, apesar da tecnologia corroborar a capacidade técnica e intelectual do homem, continuamos cometendo infrações e incivilidades diariamente.
Lamentavelmente, muitas pessoas praticam incivilidades no cotidiano, as quais atestam o caráter egocêntrico do homem: ocupar assentos especiais em transportes coletivos, poluir o meio ambiente e não coletar as fezes de nosso animal de estimação são algumas das atitudes inconsequentes que manifestamos no dia a dia, as quais contribuem para uma realidade hostil e desagradável. Nesse sentido, a construção de uma sociedade sadia consiste em ter discernimento de que o espaço de nosso próximo começa onde termina o nosso espaço. Assim, quando prejudicamos o nosso entorno, estamos impedindo que a cooperação minimize as mazelas latentes da sociedade moderna.
As infrações que cometemos também prejudicam muito a construção de uma sociedade sadia: a sonegação de impostos é uma atitude tão condenável quanto o ato do político se valer das finanças públicas; a compra de produtos piratas engendra um tráfico que se conecta a tantos outros, como o tráfico de drogas e de armas, os quais aliciam desassistidos e vitimam inocentes; a ultrapassagem do sinal vermelho é uma infração grave, uma vez que recrudesce o trânsito violento que verificamos atualmente. Além disso, é imprescindível que mudemos o nosso “mundo particular”, porque tal mudança se reflete no “mundo coletivo”, do qual todos nós fazemos parte. Caso contrário, só confirmaremos o que Manuel Bandeira escreveu “a existência humana é uma aventura, de tal modo inconsequente”.
O escritor português José Saramago, em seu livro “Ensaio sobre a Cegueira”, descreve uma sociedade que, paulatinamente, se torna cega. Metáforas à parte, é exatamente isso o que acontece com nossa sociedade, já que ignoramos que, não só infrações, mas também incivilidades prejudicam a construção de uma sociedade sadia, pois abdicamos de atitudes abnegadas para sermos completamente egoístas, cegos. Portanto, o mundo só atenuará suas mazelas quando percebermos que tudo depende de esforços coletivos, ou, como Saramago registrou, “se podes olhar, vê; se podes ver, repara”.
(Fonte: caderno Vestibular de Zero Hora)
Aprovada em Medicina foi única estudante com nota máxima na Redação da UFRGS

Clarissa Both Pinto mantém um caderno de citações onde registra frases de autores nacionais e internacionais
Antes de pensar em estudar para o vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a jovem Clarissa Both Pinto, natural de São Francisco de Paula, já tinha um hábito curioso: ela mantinha um caderno de citações no qual registrava frases de autores nacionais e internacionais.
Esse caderno acabou sendo um forte aliado na hora da prova de redação da UFRGS deste ano. Dele, a vestibulanda retirou três citações que ajudaram sua redação a tirar a nota máxima no concurso, 25. Clarissa foi a única a conseguir “gabaritar” essa prova.
– Quando fui para casa naquele dia, acreditava que tinha feito uma boa redação. Mas uma nota assim, tão alta, jamais passou pela minha cabeça. Quando contei para minha professora, ela perguntou se eu tinha visto direito – conta a estudante, aprovada em Medicina, aos 20 anos.
Ir bem, de qualquer forma, não seria uma surpresa para ela. Desde que começou a estudar para o vestibular, nos últimos três anos, raramente deixou de escrever uma redação por semana. Ao mesmo tempo, leu dezenas de textos feitos por outros vestibulandos. Está aí um dos segredos que Clarissa não quer guardar, mas dividir com outros candidatos.
– A redação é uma prova lógica. Ela deve ser considerada uma disciplina igual as outras. É preciso estudá-la da mesma forma que matemática, física ou química. O estudo, no caso da redação, é produzir muitos textos e ir aperfeiçoando.
Entretanto, também é verdade que o esforço de Clarissa começou muito antes e, de certa forma, sem ser percebido. Trata-se de seu hábito de leitura. Para ela, está longe de ser uma obrigação, ler sempre foi um prazer. E, mesmo para uma vestibulanda, vai além das leituras obrigatórias da UFRGS. Seu gosto literário vai de Luis Fernando Verissimo a Franz Kafka.
Como ela fez
- Primeiro, Clarissa leu mais de uma vez o enunciado para saber, sem qualquer dúvida, o que estava sendo pedido
- Depois, ela fez o esquema do texto. No desenvolvimento, um parágrafo seria para falar das infrações e outro para as incivilidades. Em cada parágrafo, decidiu falar de três das opções oferecidas em cada quadro.
- A vestibulanda lembrou de cinco citações que se encaixavam na redação, optou por três delas.
- Colocou Claude Levi-Strauss na abertura para, segundo ela, impactar logo de cara o avaliador.
- Manuel Bandeira, no meio, para mostrar que conhecia literatura e, no final, Saramago.
- Ela escreveu a redação fazendo pausas para responder às questões de português. Segundo ela, isso dava tempo para pensar melhor nos argumentos.
ZERO HORA
Dicas para uma redação nota dez!
Confira dicas para uma redação nota 10 no vestibular
Saber escrever bem e com o português correto não é o suficiente para uma redação nota 10 no vestibular. Um dos primeiros pontos avaliados pelos corretores, por exemplo, é se o texto do candidato está no estilo pedido - normalmente, dissertação - e desenvolve o tema proposto. "Se a universidade pede uma dissertação e a redação do candidato não for uma dissertação, nem adianta ter feito um bom texto, a nota é zero.
A mesma coisa ocorre se ele fugir do tema", diz a professora Maria Aparecida Custódio, de São Paulo. Maria destacou os aspectos que mais contam na avaliação da uma redação de vestibular.
Para o dia da prova, ela ressalta a importância de ler primeiro o enunciado da redação - para entender a proposta da banca -, fazer um rascunho ou esboço do tema e ler novamente o enunciado antes de passar a limpo, para ter certeza de que não fugiu do tema.
Relação do tema com o texto
A maior parte das grandes universidades pede que os vestibulandos escrevam dissertações, sobre temas variados. "A banca vai atentar se o candidato soube fazer dissertação, com uma estrutura que compreende introdução, desenvolvimento e conclusão", alerta Maria. Conforme a professora, a redação precisa mostrar a capacidade do vestibulando em fazer uma análise crítica do tema. Evitar o lugar comum, reconhecer analogias e saber usar seu repertório cultural, com conhecimento de várias áreas, são qualidades fundamentais para uma boa dissertação.
Maria ressalta ainda a importância de apresentar evidências e juízos na redação. As evidências são as informações que o candidato dispõe como exemplos e dados estatísticos. Os juízos são as opiniões, o julgamento das evidências, com defesa de uma tese. "Não se pode limitar às evidências, é preciso usá-las para construir uma argumentação sólida para a tese", ensina.
Desenvolvimento
Outro fator fundamental na redação do vestibular é a maneira como o candidato organiza suas idéias. A estrutura do texto, o encadeamento de argumentos, a coerência e a coesão são aspectos analisados pela banca corretora. "Precisa haver coerência interna, entre as idéias que o vestibulando selecionou, e externa, dos argumentos dele em relação ao mundo. A coesão é a conexão entre as partes do texto, as relações de sentido entre os parágrafos", explica Maria. Uma dica da professora é, quando tiver o rascunho do texto pronto, trocar dois parágrafos de lugar. "Se a troca não fizer diferença, o texto não tem coesão", afirma.
Expressão
O uso da linguagem e o domínio do padrão culto da língua também contam pontos na avaliação da redação. "Mas a linguagem não deve ser artificial, rebuscada, e sim o que se espera que um estudante que termina o Ensino Médio", alerta Maria. Traduzir suas idéias com exatidão valoriza o conteúdo do texto, reforça a professora, de preferência com vocabulário diversificado, sem repetir muito as palavras.
O candidato que tiver problemas com concordância, regência e pontuação deve exercitar esses pontos para não fazer feio na redação. "Pontuação é uma pedra no sapato. Uma vírgula fora do lugar pode ser comprometedora", lembra Maria. Ler em voz alta e fazer cópias de textos bem escritos são bons exercícios, indica a professora.
Fonte: Terra
Saber escrever bem e com o português correto não é o suficiente para uma redação nota 10 no vestibular. Um dos primeiros pontos avaliados pelos corretores, por exemplo, é se o texto do candidato está no estilo pedido - normalmente, dissertação - e desenvolve o tema proposto. "Se a universidade pede uma dissertação e a redação do candidato não for uma dissertação, nem adianta ter feito um bom texto, a nota é zero.
A mesma coisa ocorre se ele fugir do tema", diz a professora Maria Aparecida Custódio, de São Paulo. Maria destacou os aspectos que mais contam na avaliação da uma redação de vestibular.
Para o dia da prova, ela ressalta a importância de ler primeiro o enunciado da redação - para entender a proposta da banca -, fazer um rascunho ou esboço do tema e ler novamente o enunciado antes de passar a limpo, para ter certeza de que não fugiu do tema.
Relação do tema com o texto
A maior parte das grandes universidades pede que os vestibulandos escrevam dissertações, sobre temas variados. "A banca vai atentar se o candidato soube fazer dissertação, com uma estrutura que compreende introdução, desenvolvimento e conclusão", alerta Maria. Conforme a professora, a redação precisa mostrar a capacidade do vestibulando em fazer uma análise crítica do tema. Evitar o lugar comum, reconhecer analogias e saber usar seu repertório cultural, com conhecimento de várias áreas, são qualidades fundamentais para uma boa dissertação.
Maria ressalta ainda a importância de apresentar evidências e juízos na redação. As evidências são as informações que o candidato dispõe como exemplos e dados estatísticos. Os juízos são as opiniões, o julgamento das evidências, com defesa de uma tese. "Não se pode limitar às evidências, é preciso usá-las para construir uma argumentação sólida para a tese", ensina.
Desenvolvimento
Outro fator fundamental na redação do vestibular é a maneira como o candidato organiza suas idéias. A estrutura do texto, o encadeamento de argumentos, a coerência e a coesão são aspectos analisados pela banca corretora. "Precisa haver coerência interna, entre as idéias que o vestibulando selecionou, e externa, dos argumentos dele em relação ao mundo. A coesão é a conexão entre as partes do texto, as relações de sentido entre os parágrafos", explica Maria. Uma dica da professora é, quando tiver o rascunho do texto pronto, trocar dois parágrafos de lugar. "Se a troca não fizer diferença, o texto não tem coesão", afirma.
Expressão
O uso da linguagem e o domínio do padrão culto da língua também contam pontos na avaliação da redação. "Mas a linguagem não deve ser artificial, rebuscada, e sim o que se espera que um estudante que termina o Ensino Médio", alerta Maria. Traduzir suas idéias com exatidão valoriza o conteúdo do texto, reforça a professora, de preferência com vocabulário diversificado, sem repetir muito as palavras.
O candidato que tiver problemas com concordância, regência e pontuação deve exercitar esses pontos para não fazer feio na redação. "Pontuação é uma pedra no sapato. Uma vírgula fora do lugar pode ser comprometedora", lembra Maria. Ler em voz alta e fazer cópias de textos bem escritos são bons exercícios, indica a professora.
Fonte: Terra
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