REFLEXÃO

"MINHA LIBERDADE É ESCREVER....


A PALAVRA É MEU DOMÍNIO SOBRE O MUNDO."

CLARICE LISPECTOR















SEMEADURA

SEMEADURA
Um lugar para viver, sonhar e...recriar

terça-feira, 4 de maio de 2010

DESCRIÇÃO

Descrever é:

I. fazer viver os pormenores, situações ou pessoas;
II. evocar o que se vê, sente;
III. criar o que não se vê, mas se percebe ou imagina
IV. não copiar friamente, mas deixar rica, uma imagem
V. não enumerar muitos pormenores, mas transmitir sensações fortes.

Na descrição o ser e o ambiente são importantes. Assim, o substantivo e o adjetivo devem ser explorados para traduzirem com ênfase uma impressão.

Como descrever?

a) Usar impressões cromáticas (cores) e sensações térmicas.
EX: O dia transcorria amarelo, frio, ausente do calor alegre do sol.

b) Usar o vigor e relevo de palavras fortes, próprias, exatas, concretas.
EX: As criaturas humanas transpareciam um céu sereno, uma pureza de cristal.

c) As sensações de movimento e cor embelezam o poder da natureza e a figura do homem.
EX: Era um verde transparente que deslumbrava e enlouquecia qualquer um.

d) A frase curta e penetrante dá um sentido de rapidez do texto.
EX: Vida simples. Roupa simples. Tudo simples. O pessoal, muito crente.

A descrição de um objeto será única e nunca será totalmente verdadeira. Motivos:

o ângulo de percepção do objeto varia de observador para observador;
a análise do objeto levará à seleção de aspectos mais importantes, a critério do observador;
o resultado do trabalho corresponderá a uma solução possível.

A descrição pode ser apresentada sob duas formas:

Descrição objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, a passagem são apresentadas como realmente são, concretamente.
EX: "Sua altura é 1,85m. Seu peso, 70kg. Aparência atlética, ombros largos, pele bronzeada. Moreno, olhos negros, cabelos negros e lisos".

Descrição subjetiva: quando há maior participação da emoção, ou seja, quando o objeto, o ser, a cena, a paisagem são transfigurados pela emoção de quem escreve.
EX: "Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar pulso ao homem. Não só as condecorações gritavam-lhe no peito como uma couraça de grilos. Ateneu! Ateneu! Aristarco todo era um anúncio; os gestos, calmos, soberanos, calmos, eram de um rei..." ("O Ateneu", Raul Pompéia).

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